quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vem pra cá - 14 e 15 de novembro de 2009

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A intercessão dos Santos é Bíblica?

Jesus é o único Salvador e não o único intercessor

Quando Paulo diz que Jesus “é o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,5-6), ele quer dizer que Jesus é o único Salvador e não o único intercessor. Para confirmar, observe que o vs 6 fala sobre “salvação” e não sobre “intercessão”:

“Jesus Cristo, homem, que se entregou como resgate por todos”

Na verdade, existem muitos intercessores. O novo testamento está repleto de passagens que nos exortam a interceder uns pelos outros, inclusive, a que precede o versículo citado acima:

“Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graça por todos os homens (…). Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador” (1Tm 2,1-3).

“Orai uns pelos outros para serdes curados” (Tg 5,16b)

Logo, Jesus não pode ser o único intercessor. No entanto, todo e qualquer intercessor, sempre ora e obtém a graça em nome de NS Jesus Cristo, e não em seu próprio nome. Pois é somente através de Jesus Cristo que temos acesso ao Pai.

Quanto mais santo o intercessor, mais eficaz é a intercessão.

Diz ainda a Bíblia, que quanto mais santo o intercessor, maior a eficácia da oração:

“A oração do justo tem grande eficácia.” (Tg 5,16c)

Ora, se a oração de um justo tem grande eficácia, não há dúvida que é melhor pedir a intercessão de um justo do que de um pecador. E, como não existem homens neste mundo mais santificados do que aqueles que já estão no Céu, obviamente, é melhor pedir a intercessão de um santo do Céu do que de um homem que ainda vive neste mundo.

Os santos do Céu estão vivos

Porém, argumentam alguns: “Mas como podem interceder se estão mortos e inconscientes?” E quem disse que estão mortos aqueles que estão VIVOS diante do Trono de Deus, porque o nosso Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, como ensinou Jesus:

“Moisés chamou ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20, 37-38)

Portanto, Jesus nos diz que os santos falecidos (como Abraão, Isaac e Jacó) estão vivos na Presença de Deus, pois VIVEM para Ele. Não estão mortos, nem inconscientes! O livro do Apocalipse também ensina que os santos falecidos não estão adormecidos, mas mesmo antes da ressurreição, suas almas dialogam e intercedem junto a Deus:

“Vi sob o ALTAR as ALMAS DOS HOMENS IMOLADOS por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham prestado. E CLAMARAM EM ALTA VOZ: Até quando ó Senhor, Santo e Verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra? A cada um deles foi dada, então, uma veste branca, e foi-lhes dito, também, que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam SER MORTOS COMO ELES.” (Apc 6,9-11)

Neste diálogo, as almas dos santos falecidos clamam a Deus para que apresse o Dia do Juízo Final. Observe que as almas não estão adormecidas, mas estão sob o altar de onde falam com Deus. Elas clamam ansiosas pelo Dia do Juízo Final, que será também o dia da aguardada ressurreição da carne. Deus lhes dá uma veste branca (símbolo da santidade) e ordena que aguardem mais um pouco. E, enquanto aguardam, o que fazem estas almas? Aguardam adormecidas ou vivas e acordadas? Vejamos:

“Então um dos anciões falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os SOBREVIVENTES da grande tribulação. Lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por isso, ESTÃO DIANTE DO TRONO DE DEUS, E O SERVEM, DIA E NOITE, NO SEU TEMPLO.” (Apc 7,13-15)

Portanto, esta é a situação das almas enquanto aguardam pelo ansioso dia do Juízo Final e da ressurreição da carne, quando finalmente “Deus os abrigará em sua tenda e não haverá nem fome, sede, sol ou calor e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos” (Apc 7,15-16). Veja também como estas almas (os santos, pois estavam com vestes brancas, símbolo da santidade), intercedem diante do Trono de Deus:

“Outro anjo pôs-se junto ao ALTAR, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes para que os oferecesse com as ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS NO ALTAR de ouro, que ESTÁ ADIANTE DO TRONO. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com AS ORAÇÕES DOS SANTOS, DIANTE DE DEUS.” (Apc 8,3-4)

Eis aí uma passagem bíblica que nos garante a intercessão dos santos falecidos, e que agora estão diante do Trono de Deus. São oferecidas a Deus as orações de TODOS os santos. Se são de todos os santos, são tanto as orações dos santos da terra (cristãos que levam uma vida santa) quanto dos santos do Céu (que estão vestidos de branco diante do Trono de Deus). Embora este trecho da abertura dos 7 selos esteja se referindo aos santos do Céu (no quinto, sexto e sétimo selos), podemos entender as orações que chegam a Deus, também vindas dos santos da terra, pois é afirmado ser as orações de TODOS os santos.

Um exemplo destas orações de santos falecidos, encontra-se em Macabeus. Nela, Judas Macabeus relata uma visão que teve de Onias e Jeremias, já falecidos, intercedendo pelo povo:

“Onias (…) estava com as mãos estendidas, INTERCEDENDO por toda a comunidade dos judeus. Apareceu a seguir um homem notável (…) Esse é aquele que MUITO ORA pelo povo e por toda cidade santa, é Jeremias, o Profeta de Deus.” (2Mac 15,12-14)

E como os santos conhecem nossas preces? Eles são onipresentes?

De modo algum. Só Deus é Onipresente. No entanto, todos pertencemos ao Corpo Místico de Cristo no qual vivenciamos a comunhão dos santos, ou seja, vivenciamos o fluxo de amor e relacionamentos entre todos os membros do Corpo Místico. De um modo especial, os santos que estão no Céu já possuem uma relação de profunda intimidade com Deus, de modo que através da onipresença de Deus, os santos tomam conhecimento das preces que lhes são dirigidas. Em outras palavras, é o próprio Deus quem lhes transmite as nossas preces.

Eis como Dom Estevão Bettencourt explica esta questão:

“Os bem-aventurados têm conhecimento das preces que neste mundo lhes são dirigidas, pois Deus, que fez os homens solidários entre si, não permite que essa comunhão seja dissolvida pela morte. Por isso pedimos aos santos que intercedam por nós no Céu, e Deus lhes dá a conhecer nossas orações para que, de fato, eles rezem por nós ao Pai.”

Mas, então, qual a necessidade desta intercessão, se Deus já conhecia a prece antes mesmo do santo interceder?

Na verdade, toda e qualquer prece feita neste mundo, já era do conhecimento de Deus, antes mesmo de nós formularmos nossas súplicas. Embora assim seja, Deus quer façamos nossas súplicas. Vejamos o que disse Jesus a respeito:

“O Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes.” (Mt 6,8)

“Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (Jo 16,24)

Embora Jesus reconheça que Deus já conheça nossas necessidades antes mesmo de fazermos nossa prece, Jesus insiste que devemos formular nossas preces dizendo: Pedi e recebereis. Porquê? Para que tenhamos um diálogo, uma relação com Deus através da oração. Ora, esta relação amorosa, Deus também deseja que exista entre todos os membros do seu Corpo Místico. Por isso, mesmo já conhecendo de ante-mão as nossas súplicas, Deus incentiva a prática da oração e da intercessão para que exista este relacionamento amoroso entre nós e Deus e também entre todos os filhos de Deus, ou seja, para que “a nossa alegria seja completa”.

Interceder por alguém é um ato de amor entre os filhos de Deus. Deixar de interceder é falta de amor. Deus jamais proibirá a intercessão porque Deus é Amor.

“Naquele dia pedireis em meu nome e já não digo que rogarei ao Pai por vós. Pois o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que saí de Deus.” (Jo 16,26-27)

Fonthttp://www.cot.org.br/igreja/intercessao-dos-santos-no-ceu-e-biblico.php

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Estudando nos passos de Maria

‘Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem’ (1ª Tm 2:5). (...) Dar o título de ‘intercessora’ ou ‘medianeira’ para Maria é roubar de Jesus uma das suas funções no projeto divino”????

Esta problemática é resolvida a partir do momento em que reconhecemos a diferença entre a Mediação de Jesus e a mediação de Maria ou de qualquer outra pessoa. Jesus é o único mediador, pois Ele é o único capaz de ligar novamente Deus e o homem, separados pelo pecado dos primeiros pais. Jesus foi a única vítima perfeita, sem manha, que poderia ser imolada e redimir, resgatar, salvar a humanidade e entregá-la nas mãos do Pai: “Jesus é o Sumo Sacerdote de quem tínhamos necessidade: santo, inocente, sem mancha, diferente dos pecadores e elevado acima dos céus.” (Hb 7,26). O Papa João Paulo II recentemente escreveu: “O Filho de Deus fez-se homem para, num supremo ato de louvor, devolver toda a criação Àquele que a fez surgir do nada. Assim, Ele, o sumo e eterno sacerdote, entrando com o sangue da sua cruz no santuário eterno, devolve ao Criador e Pai toda a criação redimida” (Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, 8). Na Declaração Dominus Iesus a Igreja declara: “Deve-se, portanto, crer firmemente como verdade de fé católica que a vontade salvífica universal de Deus Uno e Trino é oferecida e realizada de uma vez para sempre no mistério da encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus” (§ 14). Jesus ligou definitivamente o homem a Deus, “desse modo ele é o mediador de uma nova aliança” (Hb 9,15). No entanto, isso não quer dizer que não exista ninguém, nenhum intercessor a nos levar até Jesus. Maria e todos os outros intercessores são mediadores na oração, e não no ato que corresponde exclusivamente ao Filho de Deus que é salvar a humanidade. Eles, portanto não tiram o papel de Jesus, mas em Jesus cooperam na obra da redenção através de suas orações. Não se rouba funções de Deus, isso é impossível, mas com Ele, por Ele e nEle nos tornamos também intercessores.

Nesse contexto, Maria desempenha um papel singular. Ela é lembrada como grande intercessora, não porque as graças vêm de Maria, mas porque ela, pelo mistério do plano de Deus, se tornou a Mãe da Fonte da Graça. Esse papel de medianeira nos é lembrado pela Palavra de Deus quando percebemos que no Novo Testamento a primeira graça espiritual (a santificação de João Batista no ventre de Isabel – cf. Lc 1,41) e a primeira graça material (a transformação da água em vinho – cf. Jo 2,1-11) se dão por intermédio de Maria. Diante desta evidência bíblica, as gerações cristãs não duvidaram em clamar por Maria nos momentos difíceis. Um papiro grego do ano 200 encontrado no Egito indica esta devoção mariana já nos primeiros séculos do cristianismo: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas”.

(http://estudando.universocatolico.com.br/index.php?option=articles&task=viewarticle&artid=60&Itemid=3)

A missão que começa em casa

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Amar é uma decisão que não é tomada apenas com o coração

Em outubro, mês missionário, a Igreja celebra a devoção a uma de suas grandes santas, uma doutora, uma mestra do amor: Santa Terezinha do Menino Jesus, a padroeira dos missionários.

"Ó Jesus, meu amor! Minha vocação, enfim, eu encontrei, minha vocação é o amor" (Santa Terezinha).

Reconheço que amar é o maior de todos os desafios do cristão, porém, é por ele que se alcança o céu. São Paulo é muito claro quando nos exorta em Romanos: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco” (Rm 13,8). Sem dúvida, não há outro caminho para se chegar a Deus a não ser pelo amor; e nesse caminho não há atalhos. Santa Terezinha, certa vez, expressou-se assim: "Não é o bastante amar, é preciso prová-lo!"

Amar é uma decisão que não é tomada apenas com o coração, pela sensibilidade; mas com a razão. Assim como a vida é uma questão de escolha, amar também é uma escolha que só você pode fazer por si mesmo; ninguém mais pode decidir-se por amar em seu lugar.

Amar não é um ato mecânico, é uma escolha que passa pela liberdade e pela consciência. É um ato da vontade do querer. Para amar é preciso aceitar perder-se, esquecer-se, não voltar a si mesmo. A sensibilidade auxilia que você saia de si, mas não é suficiente para levá-lo a amar. A admiração pelo outro e a afeição empurram você para ele, mas isto ainda não é amor.

"Compreendi que meu amor não se devia traduzir somente por palavras" (Santa Terezinha). Amar não é dar alguma coisa a alguém; isso é filantropia.

Amar é dar-se por inteiro a alguém, quer ele mereça ou não. Jesus fez isso por mim e por você. Foi isso que Ele fez pela humanidade inteira. O Senhor se ofertou, inteiramente, a todos no seu sacrifício de morte na cruz. O amor não busca outro motivo nem outro fruto fora de si; o seu fruto consiste na sua prática. Amo porque amo; amo para amar. O amor é um constante ato que se renova cada vez que é praticado.

Eu sou feito para amar, nasci do amor e voltarei para ele. Logo, é importante que eu o viva. Essa compreensão da nossa existência pautada pelo amor fez toda diferença na vida de Santa Terezinha: "...e minha vida é um único ato de amor". E faz também na vida de cada um de nós uma verdadeira revolução.

É com disposição de amar que devem ser feitas todas as nossas atitudes, porque o amor é a base de tudo. Tudo vai passar, somente o amor vai permanecer.

Em 1996, conheci a história de Santa Terezinha, sua luta por amar a todos e demonstrar esse amor, especialmente àquelas irmãs que menos lhe agradavam. A imensidão do amor de Deus por elas impulsionou-me a fazer a escolha, desde então, da pequena via para minha vida: a cada dia acordar e perguntar ao Senhor a quem amar e como amar nesse momento.

Dentro de minha casa, no seio de nossa família em primeiro lugar, meu pai foi alcoólatra. Durante anos ele foi causa de sofrimento em nossa casa. Com o tempo, ele parou de beber, mas as marcas da história estavam ali. Então, a ele eu dediquei todo meu amor, meu perdão, minha decisão de amá-lo gratuitamente. O amor venceu! O céu aconteceu.

Madre Tereza de Calcutá nos diz: "No entardecer, seremos julgados pelo amor". Amar é um desafio que Deus nos faz todos os dias. Muitos não o compreendem, outros não tiveram a graça de experimentá-lo. Porém, quem vivenciou o verdadeiro amor, por ele se deixa transformar.

Santa Terezinha do Menino Jesus, rogai por nós e ensinai-nos a amar.

Lucio Domicio
Missão CN - Portugal

Paternidade responsável


Professor Felipe Aquino
Foto: Arquivo CN
A Igreja ensina que os filhos são a maior riqueza do casal. O mundo todo não vale tanto quanto uma vida humana, amada por Deus e criada à Sua “imagem e semelhança” (Gn 1,26). O nosso Catecismo diz que: “Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§ 2378).

Uma vez que os filhos são uma bênção, o casal deve gerá-los à medida que puder também educá-los. Isso é uma missão, não é facultativo. Isto é, se um casal tem condições de educar bem um certo número de filhos, não deve ter menos. Contudo, se não tiver condições de criar bem, por exemplo, três, então que pare no segundo.

O critério de discernimento deve ser o "amor ao filho", tanto para querê-lo quanto para evitá-lo. Isto é o que a Igreja chama de Paternidade responsável: ter "todos" os filhos que o casal puder criar. O critério para se limitar a natalidade não deve ser o egoísmo, nem o comodismo, e muito menos o medo e a falta de fé, mas o amor aos filhos e a Deus.

O que se observa com facilidade é que o casal, muitas vezes, prefere adquirir um carro do ano, ou fazer uma viagem cara, a ter mais um filho. Quer dizer, o filho é colocado em segundo plano na escala de valores do casal. O valor da vida não é reconhecido. É um engano afirmar que existem fome e miséria no mundo, porque há gente demais. Os estudos mostram que a terra tem potencial para produzir alimento para muito mais gente do que existe hoje.

O que falta é o amor entre os povos e entre as pessoas para haver cooperação e promoção humana. Se os trilhões de dólares que o mundo gasta a cada ano com armas fossem gastos na promoção dos povos, não haveria miséria e fome. Já possuímos, hoje, tecnologias adequadas para abarrotar o mundo de alimento; o que falta é o amor: a fome de pão é precedida pela fome de amor.

Todos os países da Europa e também o Japão estão fazendo campanha para o aumento da natalidade, porque o mundo já corre o risco de uma implosão demográfica; a população dos países está diminuindo. É curioso observar que nos bairros ricos das cidades quase não vemos crianças, ao passo que nos bairros pobres as ruas estão repletas delas. Aquele casal rico que deveria estar educando sete, oito filhos, tem apenas um, dois, enquanto o casal pobre está criando muitos. Quer dizer, as coisas estão invertidas, de cabeça para baixo. Não é que haja muita gente, há é uma perversa distribuição demográfica.

Quando o casal conclui, livre e espontaneamente, não por egoísmo, mas por amor, que não tem condições de ter mais filhos, então ele deve buscar um método natural para a limitação dos nascimentos, não necessariamente para sempre. O Método Billings, que funciona bem quando bem empregado, é o que a Igreja aceita. Mas, não é pelo fato do método ser natural que o casal pode usá-lo indiscriminadamente para limitar a natalidade. Ele só deve ser usado quando for necessário.

O Catecismo da Igreja diz ainda que:

“A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização direta ou a contracepção)”. (§2399)

São condenados pela Igreja os métodos artificiais, contrários à natureza, especialmente a vasectomia para os homens e a laqueadura para as mulheres, pois são graves mutilações do ser humano.

O Método Billings é um método humano, que exige o diálogo entre marido e mulher e o seu esforço conjunto. Como ele não rende dinheiro, porque não emprega remédios, é muitas vezes boicotado e acusado de ser inseguro. Na verdade, é um método seguro e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Até nas favelas esse método tem sido ensinado com sucesso.

O que faz o ato sexual ser desvirtuado é a decisão expressa de impedir a concepção num ato que foi feito para gerar a vida. Assim, ele deixa de ser, no casamento, um sinal do amor de Deus para o qual foi feito.

O Papa João Paulo II disse certa vez:

“Tudo o que é ensinado pela Igreja sobre a contracepção não pertence à matéria livremente discutível entre teólogos... Trata-se de um ensinamento que pertence ao patrimônio permanente da doutrina moral da Igreja” (L´Osservatore Romano, 16/08/1987, p. 2).

(http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?tit=Paternidade%20respons%E1vel&cod=2356&sob=6613)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Glórias a Virgem (Toca de Assis)

A sensibilidade do músico


O músico é um artista, e todo artista é favorecido por Deus com dotes artísticos, por isso é sensível. Arte é sensibilidade e com esta se faz.

Deus fez o músico muito sensível, o que é uma graça; mas por causa do pecado original, infelizmente, essa sensibilidade traz para fora a sensualidade. Assim, o músico acaba sendo muito sensual mesmo sem querer.

Se você usa um aparelho para sugar o barro, vai sair muita sujeira dele. No lodo há água, mas o que sai não é apenas a água limpinha, porque, infelizmente, o sugador puxa também a sujeira. A sua sensibilidade suga de você, da sua carne marcada pelo pecado, toda sensualidade.

Quem é músico sente isso na própria pele. Digo isso por mim que também o sou. Como lutei a minha vida inteira! Lutei nos meus tempos de adolescente, mas não entendia o porquê de tanta luta. Foram quedas e vitórias, graças a Deus! Foram pecados, mas também ascensões. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20).

Você é muito sensível, por isso a sua sexualidade está à flor da pele. Mas você não pode se esquecer de que foi o próprio Deus quem o fez sensível. Ele sabe que o pecado habita em você, sabe que a malícia e a sensualidade estão presentes em você. Por isso Ele mesmo providenciou a salvação. Onde houve abundância de pecado, Ele providenciou superabundância de graça.

Quando nossos primeiros pais caíram, houve abundância de pecado, porém, imediatamente, veio a superabundância da graça. O Senhor prometeu o Salvador e disse à serpente: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela... ”(Gn 3,15).

Tanto quanto Jesus, você pertence à geração da mulher. Graças a Deus, você é da geração dela.

Não podemos ser ingênuos com a tentação, porque o tentador sabe o que faz. Onde atacar. Ele conhece nossos pontos fracos. Mas a graça e as defesas são infinitamente maiores. Não se pode brincar com a tentação, mas a graça é maior, porque “onde abundou o pecado, superabundou a graça”, e isso acontece concretamente com você. Confie nisso.

A grande graça que o Senhor quer lhe dar é um batismo no amor, porque ou você ama ou cai na sensualidade. É preciso que haja muito amor, pois você não deixará de ser sensível. Deus o fez assim.

Há uma diferença entre o corte de um facão usado na roça, de uma navalha. Deus não o fez um facão, mas uma navalha. Com o facão se corta o mato, que é resistente. Com a navalha não é assim, pois uma barba áspera já afeta a lâmina da navalha. Ou você ama para valer, ou acaba sendo vítima da sua sensualidade.

Graças a Deus, há muita coisa boa dentro de você, pois o Espírito Santo está em você; portanto, o amor também está aí. O amor é Deus e habita em você.

(Monsenhor Jonas Abib - Fundador da Comunidade Canção Nova)