O ministro de música é também profeta. E profeta é: aquele que é voz de Deus para os homens, aquele que denuncia e aquele que testemunha a vida de Cristo com sua própria vida.
Vale lembrar que todos são ministros: não apenas o que tem o microfone nas mãos ministra, mas o que toca teclado, baixo, violão, bateria, guitarra; o que não está com nenhum instrumento no momento, nem microfone.
Todos devem estar em sintonia com Deus, no mesmo Espírito, para fazer valer a vontade de Deus. O ser ministro de música é uma vocação, portanto em qualquer hora, em qualquer lugar e circunstância, é preciso cumprir a missão.
“Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci; antes que fosse dado a luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações.” (Jr 1, 5)
E assim temos a certeza de que fomos realmente escolhidos pelo Senhor. Não porque nós somos importantes ou indispensáveis; foi Deus quem nos amou primeiro, pelo Seu próprio querer; porque nos criou mesmo sem precisar de nós. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça.” (Jo 15, 16) É preciso produzir fruto!
“Pois agora – oráculo de Javé – voltem para mim de todo coração, fazendo jejum, choro e lamentação. Rasguem o coração, e não as roupas!” (Jl 2, 12-13)
Neste mesmo livro, Deus ainda nos diz mais:
“Derramarei o meu Espírito sobre todos os viventes, e os filhos e filhas de vocês se tornarão profetas; entre vocês, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões.” (Jl 3, 1)
Que possamos ter a graça deste Pentecostes todos os dias em nossas vidas, e que possamos presenciar e ser profetas do derramar do Espírito Santo de Deus!
“Coloquem-se a serviço uns dos outros, através do amor.” (Gl 5, 13)
“Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.” (Jo 13, 12-14)
E é necessário servir. Nosso Senhor nos mostra isso muito bem. Ministrar é nosso papel – também um serviço –, mas pra nós também fica o servir, em qualquer hora e lugar: longe do palco, dos microfones e instrumentos, servimos e ministramos com nossa vida, nossos atos, e nosso trabalho.
Se ministério é serviço, ainda que eu não esteja cantando ou tocando, estarei intercedendo, estarei limpando e/ou organizando após o término da celebração ou evento, estarei carregando caixas, fazendo comida, servindo ou lavando pratos, estarei onde for preciso. Porque “Sirvo a Javé com alegria, e vou até Ele com gritos jubilosos!” (Sl 100, 2)
Enfim, o Senhor vem dizer a nós, que fomos agraciados com o dom da música, dons do Espírito Santo:
“Se comportem de modo digno da vocação que receberam. Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros no amor.” (Ef 4, 1-2)
“Inspirados pela graça, cantai a Deus, de todo o coração, salmos, hinos e cânticos espirituais.” (Cl 3, 16b)
Natalie Rosa e Elisson Neves
Leigos Associados, Coordenadores do Ministério de Música da Fraternidade Missionária “O Caminho” em São Luís - MA
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