quinta-feira, 2 de julho de 2009

O poder da Cruz de Cristo


“De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para anunciar o evangelho – sem sabedoria de palavras, para não esvaziar a força da cruz de Cristo. A pregação da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que são salvos, para nós, ela é a força de Deus” (1 Cor 1,17.18).

A crucificação já existia antes do poderoso Império Romano. Tem a sua origem na Pérsia.

No império romano, em principio era reservado as classes baixas, os escravos e os estrangeiros.

Em todo domínio do Império a crucificação era praticada com grande crueldade e requinte de perversidade.

Para os nobres e intelectuais romanos a crucificação era considerada uma punição terrível, escandalosa e bárbara, da qual se devia evitar até ouvir e falar sobre ela.

Para o grande político e o maior orador romano Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) falou dessa punição horrorosa. Disse ele: “Era a mais cruel e revoltante penalidade, que devia ser reservada só para os escravos, e em último caso”. “A própria palavra cruz, devia não apenas ficar longe do corpo de um cidadão romano, mas também de seus pensamentos, de seus olhos e seus ouvidos”, escreveu o autor das famosas catilinárias.

Para o cidadão romano ou estrangeiro que tinha a cidadania romana, a pena capital era a decapitação pelo golpe de espada romana.

Os dois primeiros apóstolos mártires de Roma: São Pedro e São Paulo. O primeiro foi crucificado de cabeça para baixo, que também era costume e o segundo pela sua cidadania romana foi decapitado.

A MENSAGEM DA CRUZ

“Quem não procura a cruz de Cristo, não procura a glória de Cristo”.

São João da Cruz (1542-1591)

Sacerdote e Doutor da Igreja

A cruz é a expressão monumental do triunfo do glorioso cristianismo e o logotipo da santíssima fé vitoriosa. A cruz é o marco central do amor da redenção humana pela graça do bom Deus. A mensagem mais poderosa do mundo é a proclamação da cruz de Cristo. É o maior escândalo e a maior loucura para os incrédulos.

A verdadeira pregação do evangelho é centralizada no Cristo crucificado e ressuscitado (1 Cor. 2,2; At 2,23.24).

A cruz e o símbolo mais importante e conhecido do cristianismo. Assim professamos no Credo Apostólico: “Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado”.

De tantos crucificados numa terra pobre, miserável, conturbada, cheia de conflitos políticos e religiosos, tão distantes da capital do Império Romano, porque um crucificado causou tanta agitação para as autoridades judaicas e romanas?

A resposta foi registrada pelo apóstolo São Mateus: “O centurião e os que com ele guardavam Jesus, ao verem o terremoto e tudo mais que estava acontecendo ficaram muito amedrontados e disseram: De fato, este era o filho de Deus!”

(Mt 27,54).

De todos os crucificados na Palestina, o Filho de Deus é o mais famoso de todos até o dia de hoje. A sua missão na cruz foi para salvar a humanidade e para que, em nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua confesse: “Jesus Cristo é o Senhor” para a glória de Deus Pai (Fl 2,10.11).

A sua cruz foi fincada no monte do calvário na Palestina e sua ressurreição para o Universo. Jesus é a personalidade mais famosa do mundo, seja: na arte, na literatura, no cinema, no teatro e na internet.

O Servo foi crucificado e ressuscitado como Senhor e Deus (Jo 20,28). Ele foi o Cordeiro imolado e humilhado para ser Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).

(Padre Inácio José do Vale, OSBM)

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