Esse servo entende sua missão (Ex 14, 13-14), definindo esse mesmo chamado como um combate, portanto, muito mais que uma disposição, vive-se um estado (está sempre de prontidão).
Nessa disposição e disponibilidade, e na medida em que vai exercendo o ministério, tem a necessidade de ter os olhos e o coração voltados para a dor alheia, que o leva a ser um reparador “Reerguerás as ruínas antigas, reedificarás sobre alicerces seculares, chamar-te-ão o reparador de brechas, o restaurador das moradias em ruínas” (Is 58, 12), com o coração transpassado de misericórdia.
Ótica nova, postura nova “Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne” (Ez 36, 26).
Existe uma diferença básica entre interceder e ser um intercessor. Enquanto um é o ato de básico de reivindicação, o outro é assumir as necessidades do irmão (Is 41, 1ss); é constante no seu permanecer na presença do Senhor, consciente do alcançar a graça.
Perfil do Intercessor:
Homem preparado (Ez 22, 30), com convicção e segurança. Sabe e sente que o Senhor vai agir em toda e qualquer situação. Não se abala, ao contrário, se fortalece nas dificuldades.
Não se acomoda: “Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou” (Rm 8, 37). Sua fé qualificada pela vida de oração, Eucarística e comunitária, concede-lhe uma visão antecipada da graça, condicionando para a maturidade humana e espiritual, na medida que entende a situação do outro, se derrama na presença do Senhor.
Fé ascendente ativa: mesmo reconhecendo as sérias dificuldades pessoais e eternas, desenvolve a compaixão solidária, a humildade na espera e a confiança do resultado.
Confiança inabalável (Rm 8, 37). O intercessor é um homem convencido que o Senhor é um Deus realizador cumpridor fiel de suas promessas. Sabe não somente acolher dores e angustias e apresentá-las, mas é sensível aos sinais que advém do Senhor, portanto, é um homem aberto, hábil e maduro no uso dos dons espirituais.
Linha de ação: Não teme poder algum, não faz promessas pessoais, se coloca na brecha; discerne a oração a ser ministrada; sustenta seu chamado com uma espiritualidade sólida através do próprio exercício (jejum, mortificação).
Ir. Suzana
Fraternidade “O Caminho”
Fraternitas Nazaré - Penha/SP
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