terça-feira, 20 de outubro de 2009

Estudando nos passos de Maria

‘Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem’ (1ª Tm 2:5). (...) Dar o título de ‘intercessora’ ou ‘medianeira’ para Maria é roubar de Jesus uma das suas funções no projeto divino”????

Esta problemática é resolvida a partir do momento em que reconhecemos a diferença entre a Mediação de Jesus e a mediação de Maria ou de qualquer outra pessoa. Jesus é o único mediador, pois Ele é o único capaz de ligar novamente Deus e o homem, separados pelo pecado dos primeiros pais. Jesus foi a única vítima perfeita, sem manha, que poderia ser imolada e redimir, resgatar, salvar a humanidade e entregá-la nas mãos do Pai: “Jesus é o Sumo Sacerdote de quem tínhamos necessidade: santo, inocente, sem mancha, diferente dos pecadores e elevado acima dos céus.” (Hb 7,26). O Papa João Paulo II recentemente escreveu: “O Filho de Deus fez-se homem para, num supremo ato de louvor, devolver toda a criação Àquele que a fez surgir do nada. Assim, Ele, o sumo e eterno sacerdote, entrando com o sangue da sua cruz no santuário eterno, devolve ao Criador e Pai toda a criação redimida” (Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, 8). Na Declaração Dominus Iesus a Igreja declara: “Deve-se, portanto, crer firmemente como verdade de fé católica que a vontade salvífica universal de Deus Uno e Trino é oferecida e realizada de uma vez para sempre no mistério da encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus” (§ 14). Jesus ligou definitivamente o homem a Deus, “desse modo ele é o mediador de uma nova aliança” (Hb 9,15). No entanto, isso não quer dizer que não exista ninguém, nenhum intercessor a nos levar até Jesus. Maria e todos os outros intercessores são mediadores na oração, e não no ato que corresponde exclusivamente ao Filho de Deus que é salvar a humanidade. Eles, portanto não tiram o papel de Jesus, mas em Jesus cooperam na obra da redenção através de suas orações. Não se rouba funções de Deus, isso é impossível, mas com Ele, por Ele e nEle nos tornamos também intercessores.

Nesse contexto, Maria desempenha um papel singular. Ela é lembrada como grande intercessora, não porque as graças vêm de Maria, mas porque ela, pelo mistério do plano de Deus, se tornou a Mãe da Fonte da Graça. Esse papel de medianeira nos é lembrado pela Palavra de Deus quando percebemos que no Novo Testamento a primeira graça espiritual (a santificação de João Batista no ventre de Isabel – cf. Lc 1,41) e a primeira graça material (a transformação da água em vinho – cf. Jo 2,1-11) se dão por intermédio de Maria. Diante desta evidência bíblica, as gerações cristãs não duvidaram em clamar por Maria nos momentos difíceis. Um papiro grego do ano 200 encontrado no Egito indica esta devoção mariana já nos primeiros séculos do cristianismo: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas”.

(http://estudando.universocatolico.com.br/index.php?option=articles&task=viewarticle&artid=60&Itemid=3)

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