Para continuar a conversa, queremos afastar, para bem longe, aquela idéia da predestinação. Essa é uma idéia idiota (desculpem a força da expressão), pela qual alguém poderia achar que é inútil trabalhar pela salvação eterna, pois Deus já sabe de antemão se vamos nos perder ou salvar. Nada nos caberia fazer. Isso seria uma paralisação geral de nossos ideais. Mas como gostaríamos de saber de antemão, se vamos alcançar a salvação, vou dar três critérios que nos fortalecem na caminhada. Pois a Escritura diz: “Porque na esperança fomos salvos” (Rom 8, 24). Já somos salvos, mas na esperança. Ei-los:
1 – Quem se deixa dirigir pelo Espírito Santo e vive seus dons, já pode ter certeza de que a salvação acontecerá. As pessoas pacíficas, as que trabalham pela unidade de todos, as que rezam, as que fazem a caridade, podem aplicar a si: “Todos os que se deixam dirigir pelo Espírito, são filhos de Deus” (Rom 8, 14). Se são filhos, então já estão na casa do Pai.
2 – Quem segue os mandamentos, quem procura se purificar do mal, ou luta contra o pecado, quem obedece aos ensinamentos de Jesus, carrega em si o sinal de que será salvo. “Se obedecerdes aos meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15, 10). Aquele que é amado por Jesus, jamais se perderá. Mas é preciso mostrar serviço.
3 – Quem ama a Missa, gosta da Eucaristia dominical, e recebe a Comunhão com fé, garantidamente tem o penhor da salvação. Carrega em sua alma o selo, o sinal da escolha divina. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna” (Jo 6, 54). Ó certeza confortadora!
(Dom Aloisio Roque Oppermman - Arcebispo de Uberaba)
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