sexta-feira, 3 de julho de 2009

Católicos desafiados

É mais fácil deixar de ser católico do que prosseguir numa Igreja atacada por todos os flancos. Não é complexo de perseguição. È fato. Os motivos? Lemos, vemos e ouvimos todos os dias na mídia.

Óvulo, espermatozóide, blastocistos, embrião,feto, fertilização in vitro, Lei de Biossegurança, células-tronco embrionárias, céluas-tronco adultas, aborto, embriões desperdiçados, pesquisas, bioética, clonagem, , ser humano, pessoa, camisinha, pílula, ato criador… tudo isso é fonte de conflitos.

Acusam-nos de não entender estas coisas e de super-simplificar o que é complexo. Ignoram nossos cientistas e estudiosos e acham que só os cientistas deles entendem de vida. Não acham que um cientista possa ser católico. Decidiram mostrar os católicos como inimigos do progresso da ciência e favor da vida. Comparam-nos aos católicos do tempo de Kepler, Copérnico e Galileu Galilei na questão da astronomia. Não admitem que possamos ver tão ou mais longe do que eles…

Virou guerra de mídia. Vence quem mais convence. A verdade fica em outro departamento. Cada um com a sua! Mas que vençam no parlamento os que mais provarem que é preciso favorecer o aborto, a pesquisa com embriões e o desenvolvimento dos novos achados.

O tubo de ensaio outra vez desafia a fé. Quem crê no criador e o vê como o dono da vida admite melhoria da vida, mas não às custas de sacrificar vidas que já começaram. Então os outros dizem que aquele pequeno ser em formação ainda não é humano. A Igreja diz que é.

É, não é, é não é… Concepção, contracepção, gestação, interrupção, inferência, rejeição, extração, intervenção, aborto terapêutico, aborto, abortivos, contraceptivos, pílulas, tudo se torna assunto para acusação, discussão e debate. Até quem nunca leu senão artigos esparsos e apenas ouviu alguém na televisão ousa chamar de ignorante o cientista ou médico católico que se debruçou sobre o assunto por 30 a 40 anos. De repente o telespectador irado sabe mais do que cientistas de 70 anos e 40 de estudos de biologia e bioética.

Eles querem liberalizar e nós queremos que nesse assunto de vida não se vá a ponto de matar para salvar. Eles dizem que não é morte de um ser humano. Nós dizemos que sim. É a guerra dos embriões. Eles querem o direito de usá-los em favor de outras vidas. Nós dizemos que vida concebida é sagrada. É a guerra do sexo. Eles dizem que toda forma de amor é válida. Nós dizemos que não e estabelecemos limites.

A sociedade é democrática. Não tiramos deles o direito de falar. Não aceitamos que tirem o nosso. Nem nós os ofenderemos, nem eles nos ofenderão por conta de um ser que ainda não nasceu. Que falem. Nós também falaremos!

Padre Zezinho, SCJ

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